domingo, 5 de novembro de 2017

Você não cumpriu o combinado!


"Dear Wine,

We had a deal, you were to make me funnier, sexier, smarter and a better dancer.

I saw the video!

We need to talk! "         (*)



Você não cumpriu o combinado!

Nem poderia!

Fazendo um paralelo, todos que não são autênticos e se afastam da verdade ficam fakes. Mesmo que sóbrios.

O problema é que raras vezes percebemos isso! Temos que "ver a fita" pra ficar claro.

Seja de parceria com o álcool ou seja no dia a dia  fazendo pose de  amoroso, durão ou equilibrado, não importa.

Tentar aparentar algo ou parecer alguém por conveniência ou carência não funciona. Exceto por pouco tempo ou para algumas pessoas que se deixam enganar.

E mesmo que supostamente venha a funcionar -- trazendo sucesso, poder e prestígio -- quando colocamos a cabeça no travesseiro pra dormir virá a sentença impiedosa: somos bons atores, mas falsos.

A não ser que sejamos tão desconectados que nem percebamos a peça de teatro que encenamos!

Daí um tanto de depressão, de angústia existencial, de falta de sentido na vida e por aí vai. Vale olhar no espelho e nos questionar.

Desde o século XX já ficou claro que a ciência e a tecnologia  não resolveram a nossa desumanidade  nem muito menos nos trouxeram felicidade. Sobram competitividade, individualismo, desamor.

Podemos fazer então a seguinte pergunta: "será que temos amor próprio?".

Se não formos diferentes de 90% das pessoas a resposta é um retumbante NÃO.

Vamos conferir: quantas vezes nos traímos ultimamente?

Dizendo sim quando queríamos dizer não, empurrando com a barriga um relacionamento tóxico, trabalhando anos a fio numa atividade maçante,  engolindo em seco uma situação inconveniente, fazendo coisas desagradáveis para cumprir tabela, ignorando nossos desejos mais íntimos, etc.

Alguém pode contrargumentar: a vida é meio complicada mesmo, não dá pra fazer só o que queremos!

Certo, até certo ponto, mas vamos refletir: naquilo que é essencial,  estamos coerentes com os nossos desejos fundamentais, decidindo a nossa vida? Fazendo escolhas conscientes?

Ou somos um rebanho a caminho inexorável do grande mistério da morte? Fazendo as coisas pelo "jeitocertodefinidopelosoutros"?

Os grandes mestres falam que o amor próprio é um requisito para amar aos outros. A Deus.

Porém, invertemos tudo!

Como poderíamos amar aos outros se não nos amamos? O desamor próprio fica refletido no mundo!

Bem, enquanto isso vamos nos distraindo.

Até porque, convenhamos, um bom vinho tem o seu lugar!

Rever a "fita", pra que?


   * frase exposta na porta de um bar em Amsterdã

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